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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Havia nela uma certeza!

Havia nela uma certeza de que aprendera a estar sozinha; de que aprendera a suprir-se de suas carências e de vivenciar o amor como uma experiência pessoal. Era esse justamente o encanto do processo: a certeza de que ela adquirira a coragem necessária para voar com as próprias asas. E, ela sabia, não era coragem se não houvesse medo envolvido.

Havia nela uma certeza de que o amor estava dentro dela e de que cada relacionamento vivido havia lhe ensinado um pouco mais a respeito desse amor interior.

Havia nela uma certeza de que, durante o caminho que percorrera, conseguira-se livrar de falsas necessidades e controlar certas exigências, expectativas e fantasias. E que, por mais cansativo e desanimador, até, que às vezes lhe parecera, havia nela uma certeza de que rompera com os excessos do passado, ficando apenas com o que era positivo, que agregava ao acervo de lembranças saudáveis.

Havia nela uma certeza de que amava a si mesma, com todas as suas qualidades e seus defeitos, e de que estava disposta e pronta para retomar o processo de aprendizagem e de autoconhecimento, ficando apenas quietinha e reconhecendo e aceitando, dentro dela, a completude de estar só.

Havia nela, mais do que nunca, uma certeza de que o vento que lhe havia tirado coisas durante o caminho, era o mesmíssimo que lhe traria outras tantas de que ela aprenderia a gostar.

Hoje, há nela a certeza de que é a mesma pessoa, mas um pouquinho diferente; porque pôde sentir que em seu rosto havia uma lágrima furtiva, escorrida da dor de uma saudade dele; da estranha sensação de incerteza e, ao mesmo tempo, de uma infinita gratidão.

Há nela todas essas certezas; justo nela, que nunca fora dada a certezas.

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