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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Dialética da separação.

Li, não sei onde, que demonstra maturidade amorosa quem sabe terminar uma relação valendo-se do mínimo de palavras. E acho que concordo com isso (não sei desde quando). "Se o adeus demora, a dor no coração se expande..."

Para duas pessoas que se despedem, a dialética da separação é quase um ritual de autoflagelação do qual não conseguem escapar. O rompimento dá palco para dramas e tragédias, as palavras perdem sua consistência. Passa-se a interrogar o já dito, tenta-se buscar explicações que justifiquem o que o outro decidiu, silenciosamente e em segredo. Pior, começa-se a questionar as próprias determinações. Quando tudo finda, melhor guardar o que não tem mais lugar ao se abreviar a relação.

Rompimentos já são duros por eles só. Quanto mais sucintos, menos doloridos. Quando tudo termina, é sábio não fazer muitas perguntas, como também é sábio não responder a tudo. Na perspectiva de socorrer um relacionamento, palavras e mais palavras podem ser um admirável cerimonial de salvação. Mas, quando a separação já está firmada, quando a quebra do vínculo é evidente, a concisão é uma virtude. Qual o propósito de se debater o que já pereceu? Por que reviver a dor se não há a possibilidade de resgatar o que existiu?

Quando tudo termina, simplesmente cale-se: não pergunte aquilo que você não precisa saber. E, se perguntado, não responda tudo. Já dizia Confúcio: ‘o silêncio é um amigo que nunca trai’.

Acho que cansei de ser prolixa...

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