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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Duas em mim.


Na trivialidade de atitudes mais do que prosaicas, tenho descoberto uma outra pessoa habitando meu interior.

Não é que eu tenha a sensação de estar ‘mudando’ a minha essência. É que sinto, cada vez mais, existirem em mim duas mulheres. O complicado é saber identificar, com segurança, em quais situações uma predomina sobre a outra.

Talvez nem haja tal predomínio. Acho, apenas, que uma delas mudou-se para cá, para dentro de mim, mais recentemente. Pode, todavia, ser que ela sempre tenha estado aqui, mas preferido não se manifestar até então. Talvez tenha aguardado um momento oportuno para se fazer perceber.

Quando essa nova ‘inquilina’ se comunica comigo, é introspectivamente, falando baixinho, ainda meio tímida, preocupada em não causar agitação no meu interior – no que, aliás, difere muito da outra, que é inquieta, insegura e me provoca ansiedade.

Nesse caso, então, somos três: minhas duas habitantes e eu, caminhando de mãos dadas, seguindo a mesma estrada: a do autoconhecimento.

Em alguns momentos, as duas se convergem e se fundem numa só. Mas, felizmente, muitas vezes, experimento a sensação de que, sendo distintas, mesmo que íntimas, elas se compensam. E me presenteiam com o tão almejado equilíbrio.

Porque onde uma falta, a outra comparece. Onde uma grita, a outra cala. Onde uma busca incessantemente, a outra espera pacientemente. Onde uma escurece, a outra ilumina. Onde uma é razão, a outra é emoção. Onde uma se acovarda, a outra se encoraja. Onde uma se inapetece, a outra se alimenta.

E assim me preenchem e me forçam a seguir em frente, nessa busca saudável, mas sem fim, por estabilidade emocional na minha agitada existência. 

Abro-me às duas: à velha conhecida, que me faz tão vulnerável e menina; e à nova, que veio ao nosso encontro, e me faz tão confiante e mulher. Assim, respiro a suficiência de ser três, numa forma exclusivamente minha de reflexão. E me apaixono por isso!

Como é incrível sentir-me sozinha com elas! Somos as três ‘metades’ da mesma pessoa. Parece estranho para você? Para mim tem feito completo sentido.

“It was just another night with the sun set and the moon rise, not so far behind, to give us just enough light to lay down underneath the stars, listen to all the translations of the stories across the sky… we drew our own constellations”.

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