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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Aceitas um desafio?

Tenho meus atrativos, é verdade. Mas não sou nada fácil. Pergunta àqueles que me deixaram de amar. São os que melhor me conhecem.

Levo o desassossego dentro do peito, a ansiedade no âmago, a indecisão estampada na testa e a insegurança na essência. Meu exterior pode parecer sereno, mas meu interior é um tsunami. Minhas atitudes confiantes nem sempre demonstram o tanto de dúvida que vai dentro de mim.

Minha alma é livre; não se deixa aprisionar. Quanto mais lhe exigem, menos se sente disposta a doar. É generosa, mas não suporta cobranças e quase nunca está disponível para o ciúme.

Meu coração é instável; desinteressa-se à toa. Hoje, quer desesperadamente; amanhã, não pode nem ouvir falar. Muda conforme a lua. Mas, quando ama, ama incondicionalmente – o que, fique claro, nada tem a ver com aprovar incondicionalmente. Não se contenta com pouco; necessita daquilo que lhe rouba algumas batidas.

Meu ritmo mental é alucinante e minha sede de conhecimento, poucos acompanham. Sou uma palavra que não cala, uma alma que nunca se sacia. Sou tão profunda, que muitos se afogam em mim.

Interesso-me por tantas coisas, que fica difícil manter um foco e me dedicar a elas o suficiente para que eu me sinta plenamente realizada. E a cada ciclo, acrescento novas coisas à lista de paixões, interesses, hobbies e projetos inacabados. E enquanto o universo de possibilidades se amplia, eu sigo sem dar conta de tudo.

Chego a ser pesada!  Estou sempre buscando respostas e entendimentos. Às vezes, gostaria de não ser tão complexa. Invejo a simplicidade; ela permite desfrutar melhor do trivial.

Cultivo o vício quase insano de ler e a necessidade basal de escrever – me ajuda a organizar os pensamentos. Por isso, venero o silêncio e a solidão. Às vezes, afasto de mim quem tenta se aproximar.

Adoro sorrir! Mas, de tempos em tempos, preciso muito chorar. Perco o sono ao menor sinal de angústia e enfrento a insônia como uma criança com medo do “bicho papão” embaixo da cama. Quem me entende desse jeito?

Queres saber? Proponho-te um desafio: Tentes gostar de mim, assim, do jeito que eu sou.

Já adianto: muitos falharam.

5 comentários:

Carol Bianchini disse...

Como diria Shakespeare: "Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito."

Letticia Caruso disse...

Como se fosse fácil, né??? Tou melhorando aos poucos nesse quesito: "escolher o que fazer a respeito". Mas...

Anônimo disse...

Seus textos são impressionantes! A doçura, a sensibilidade, a coerência e o amor que vc coloca neles é apaixonante! Parabéns!!!

Carol Bianchini disse...

É Marcelo, já falei pra Le que o blog virou 'home page': uma das primeiras pgs que abro pela manha! Uma delícia de ler!!

Letticia Caruso disse...

Vocês dois são muito parciais. Mesmo assim, agradeço os elogios. Estou ficando mal acostumada! :)