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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O que eu quero.

Quero reler três ou quatro dos muitos livros que você, tão generosamente, compartilhou comigo. Que tanto me acrescentaram e dos quais tanto sinto falta. Aqueles mesmo, que devolvi cheios de ‘post-it’, com comentários pessoais, metáforas, explicações, dúvidas e analogias que queria dividir com você. Quero deixar mais dos já tradicionais bilhetinhos de agradecimento, dentro das leituras que você, carinhosamente, seleciona, sugere e empresta.

Quero, sem medo nenhum, abrir-me a tudo àquilo que a você compete me ensinar. Quero me sentir desafiada (você sabe como os desafios me divertem e estimulam), e até intimidada, por sua cultura e inteligência, por sua maturidade e serenidade. Porque tão poucos as possuem de forma tão atraente!

Quero nos olhar refletidos no espelho e achar a cena tão linda, que mereça ser fotografada.

Quero mais conversas em bancos de parque, mais almoços intermináveis em restaurantes vegetarianos ao ar livre, mais noites regadas a pão integral, vinho tinto seco e queijos de todo tipo. Quero apreciar mais noites estreladas, caminhando de mãos dadas com você, depois de um bom chocolate quente. Quero compartilhar mais epifanias e momentos de cumplicidade total, sem máscaras, sem pudores, sendo apenas você e eu.

Quero experimentar mais das nossas relações de gentileza e civilidade, em tempos tão hostis. Quero testemunhar seu sonambulismo, enquanto leio, insone, madrugada adentro. Quero sentir-me ‘repleta’ (que, nós dois sabemos, nada tem a ver com precisar do outro para sentir-se ‘completo’), simplesmente por tê-lo ao meu lado, dividindo o mesmo edredom. Quero ter um sorriso roubado quando me beijar a mão, durante o sono, completamente inconsciente. Quero receber o seu “melhor bom dia”.

Quero mais conversas “carregadas”, tão comuns e necessárias a pessoas profundas e complexas como nós dois. Quero me encontrar no seu equilíbrio e desvendar todas as suas metades. Porque você não possui somente duas. Quero descobrir e encontrar novas afinidades e identificações entre nós dois, se isso não for pretensão da minha parte, sendo você essa pessoa tão especial que é.

Quero ouvir Jack Johnson ao som das cordas do seu violão e da sua voz suave e tão querida.

Quero cometer todos aqueles erros comuns que fotógrafos, iniciantes como eu, cometem em relação à luz, foco, composição, criatividade, fotometria e, ainda assim, saber que você considera minhas fotos dignas de ilustrar seu blog e sua vida.

Quero parar de bradar que ser independente é provar para tanta gente que não me diz respeito, que posso ir além dos meus limites. Porque nem sempre posso. Mas quero que você descubra minha independência como algo genuíno.

Quero que me apresente, em vídeo, a mais autores, que primeiro me apresentou em leituras, que eu antes desconhecia. E quero, eu mesma, apresentá-lo a tantos livros, filmes, documentários e artigos legais e, até, a uma roupa nova que quero muito que você veja. Porque me imaginei usando-a para você quando a escolhi.

Na verdade, penso muito em você e naquilo que fizemos. O que me leva, acima de tudo, a querer aquilo que ainda não fizemos. Aquela palavra ‘latente’ que, eu sei, você não gosta, lateja forte dentro de mim.

Eu quero você. Por inúmeros motivos e por motivo nenhum. Simplesmente por querer. Mas se lembre: querer, para mim, nunca foi precisar.

4 comentários:

Carol Bianchini disse...

Lindo e sincero!! Amei!!

Letticia Caruso disse...

Lindo, sincero e irrealizável...

Unknown disse...

Emocionanteeeeeee! Enchi os olhos de lágrimas aqui, Lê! Vc fala por mim!

Letticia Caruso disse...

Ai, Isi, é o único post do meu blog que eu evito reler. Me dá uma tristeza ainda...!