sábado, 31 de julho de 2010
Desnorteio.
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sábado, 24 de julho de 2010
Aprender a voar.
Essa viagem me deu asas. E eu estou aprendendo a voar.
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sexta-feira, 23 de julho de 2010
Partnership for Peace.
"De onde se planta a paz, da paz quero a raiz".
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quinta-feira, 22 de julho de 2010
Epifania.
George, personagem do filme “A Single Man” (2009).
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sexta-feira, 16 de julho de 2010
Voa, coração!
Assim, liberdade e leveza dão espaço à expressão verdadeira da minha essência, que, então, abre-se a possibilidades reais de transformação e crescimento interior.
Esses têm sido os meus dias por aqui, em férias desse dramático mundo hiperbólico de anseios e preocupações que me tragavam para a escuridão.
Como eu disse, são somente férias. É provável que, estando de volta, eu me depare com o caos mal resolvido que deixei para trás quando, entre soluços e lágrimas, vim brincar de ser independente. No entanto, isso já não me preocupa muito. Porque a situação pode ser a mesma, mas eu, definitivamente, não sou.
Só falta, agora, me livrar deste gostinho amargo - resquício de palavras e gestos nada doces que eu manifestei - que não quer me abandonar.
"Voa, coração, que a minha força te conduz; que o sol de um novo amor, em breve, vai brilhar. Vara a escuridão, vai onde a noite esconde a luz; clareia seu caminho e acende seu olhar. Vai onde a aurora mora e acorda um lindo dia. Colhe a mais bela flor, que alguém já viu nascer. E não se esqueça de trazer força e magia, o sonho, a fantasia e a alegria de viver."
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quinta-feira, 15 de julho de 2010
Liberdade.
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quarta-feira, 14 de julho de 2010
You'll Be In My Heart
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terça-feira, 13 de julho de 2010
Diário de viagem.
Neste espaço momentâneo de liberdade, minha natureza questionadora ausentou-se de mim. Noutros tempos, eu mal conseguia entender o que me agarrava tão fortemente a ela; neste instante, observo-a apenas de longe. E, assim, desvendo um pouco mais da minha essência; sobra mais espaço para estar em consonância comigo mesma.
Nesta solidão, que nada tem a ver com ressentimento de estar sozinha, reconheço apenas a minha existência. Não estou para ninguém, só acessível para mim mesma.
Enquanto, em uma cafeteria, tomo um 'Icespresso', sentada à mesa de uma calçada qualquer, escrevo* nisto, que passei a chamar de ‘diário de viagem’. Trata-se de um caderninho que ganhei, antes de partir, de alguém que achou que eu faria bom uso dele.
Porque aqui ninguém se preocupa com o que eu sou ou deixo de ser. Neste lugar desconhecido, sou mais uma no compasso anônimo da solidão urbana. E ela bate tão forte quanto o coração que levo no peito, exultante com a não obrigação de roteiro, horários ou destinos. É a mais fascinante das liberdades: a do deslocamento sem compromisso com nada.
Sinto-me como uma pessoa que há muito não se permitia dançar, mas que, hoje, resolveu, sem medo de ser feliz, arriscar alguns passos de dança, aqui mesmo, nesse país que sequer possui uma dança que o caracterize.
*Esse texto - como muitos dos que tenho postado no blog - foi originalmente escrito à mão, nas páginas de um caderninho que, de fato, me foi dado com esse propósito.
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segunda-feira, 12 de julho de 2010
Niagara Falls.
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domingo, 11 de julho de 2010
Eu escrevo para ser feliz.
(...) (Escrever) é cura, não doença. Escrevo para ser feliz, para me libertar do sofrimento, não para sofrer. É a alquimia da dor em alegria estética. Mesmo quando a coisa é doída, amarga, naquele momento a transformo no ouro (que é a escrita) (...). Discordo quando dizem que a arte revela a realidade. Na verdade, a arte inventa a realidade. Afirmam que Shakespeare revelou a complexidade da alma humana; não, ele inventou a complexidade da alma humana. Nós vivemos no mundo da cultura. (...) (Escrever) é uma dessas criações, no terreno da fantasia, que existe porque a vida não basta. Eu escrevo para ser feliz, escrevo porque estou me inventando, para ser melhor do que sou.
Eu sou incoerente, e a minha obra é incoerente. Não tenho a preocupação da coerência. Se há alguma, está na busca, que muda sempre, porque, enquanto vivo, critico, penso, repenso e invento as coisas que experimentei. Se você quer (escrever) (...), se sente dentro de si essa necessidade, deve se entregar a ela sempre com paixão, pois não se inventa a realidade de graça”.
TRADUZIR-SE
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte;
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?
(Ferreira Gullar)
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sábado, 10 de julho de 2010
Quando me amei de verdade.
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sexta-feira, 9 de julho de 2010
Duas em mim.
Não é que eu tenha a sensação de estar ‘mudando’ a minha essência. É que sinto, cada vez mais, existirem em mim duas mulheres. O complicado é saber identificar, com segurança, em quais situações uma predomina sobre a outra.
Talvez nem haja tal predomínio. Acho, apenas, que uma delas mudou-se para cá, para dentro de mim, mais recentemente. Pode, todavia, ser que ela sempre tenha estado aqui, mas preferido não se manifestar até então. Talvez tenha aguardado um momento oportuno para se fazer perceber.
Quando essa nova ‘inquilina’ se comunica comigo, é introspectivamente, falando baixinho, ainda meio tímida, preocupada em não causar agitação no meu interior – no que, aliás, difere muito da outra, que é inquieta, insegura e me provoca ansiedade.
Nesse caso, então, somos três: minhas duas habitantes e eu, caminhando de mãos dadas, seguindo a mesma estrada: a do autoconhecimento.
Em alguns momentos, as duas se convergem e se fundem numa só. Mas, felizmente, muitas vezes, experimento a sensação de que, sendo distintas, mesmo que íntimas, elas se compensam. E me presenteiam com o tão almejado equilíbrio.
Porque onde uma falta, a outra comparece. Onde uma grita, a outra cala. Onde uma busca incessantemente, a outra espera pacientemente. Onde uma escurece, a outra ilumina. Onde uma é razão, a outra é emoção. Onde uma se acovarda, a outra se encoraja. Onde uma se inapetece, a outra se alimenta.
E assim me preenchem e me forçam a seguir em frente, nessa busca saudável, mas sem fim, por estabilidade emocional na minha agitada existência.
Abro-me às duas: à velha conhecida, que me faz tão vulnerável e menina; e à nova, que veio ao nosso encontro, e me faz tão confiante e mulher. Assim, respiro a suficiência de ser três, numa forma exclusivamente minha de reflexão. E me apaixono por isso!
Como é incrível sentir-me sozinha com elas! Somos as três ‘metades’ da mesma pessoa. Parece estranho para você? Para mim tem feito completo sentido.
“It was just another night with the sun set and the moon rise, not so far behind, to give us just enough light to lay down underneath the stars, listen to all the translations of the stories across the sky… we drew our own constellations”.
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quinta-feira, 8 de julho de 2010
Assim eu me defino.
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quarta-feira, 7 de julho de 2010
A efemeridade do amor.
- Concordo plenamente.
(...)
- Eu gosto do verão.
- Ah, eu adoro o inverno!
- Ih, então, vamos terminar?
- Acho melhor.
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terça-feira, 6 de julho de 2010
Aeroportos
Eu sempre gostei MUITO do ‘clima’ de salões de embarque e saguões de aeroportos. Pessoas vivenciando a expectativa de partir ou chegar, reencontrar-se ou despedir-se, ‘deixar pra trás’ ou ‘ir buscar’, explorar novos horizontes ou voltar para lugares que são velhos conhecidos, cada qual com seu propósito de viagem.
Pode parecer estranho, mas eu ADORO escalas, principalmente quando estou sozinha! Fazer uma pausa no meio do trajeto faz mais gostosa a sensação de ‘chegar lá’, para aonde estou indo, e me dá a chance de vivenciar algumas situações que não vivenciaria se estivesse acompanhada.
Um dos motivos de eu gostar tanto desse ambiente de aeroporto é poder observar o comportamento de pessoas tão diversas, falando idiomas distintos, escancarando suas diferenças culturais, sem a menor preocupação, cada uma à sua maneira.
Mas a melhor parte é poder confundir-me no meio dessas mesmas pessoas, ser apenas mais uma no contexto dinâmico desse vai-e-vem de aeroporto. Passar algumas horas sem que ninguém ao meu redor tenha a menor idéia de quem eu sou é uma experiência revigorante!
Poder caminhar, esticar as pernas, ler, tomar um café, fazer palavras cruzadas, sem me preocupar se alguém está me observando, enquanto sou apenas eu mesma - o que pode parecer nada de especial para os outros, mas que é extremamente enriquecedor para mim. Até ser distraída do que estou fazendo pelas frequentes chamadas de chegadas e partidas parece ter um saborzinho especial.
Mas é, certamente, uma experiência pela qual tenho que passar sozinha para aproveitá-la na plenitude; apenas estando lá, desfrutando da minha agradável companhia.
...
E, como não poderia deixar de ser, também ADORO as cafeterias e livrarias de aeroporto (quem me conhece sabe!)! E, ah, os restaurantes, claro!, onde, aliás, hoje, vou ter a oportunidade de pedir: “Table for one, please!”, sem o menor ressentimento de estar almoçando sozinha. :)
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segunda-feira, 5 de julho de 2010
Fragmentos disso que chamamos de "minha vida".

Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. (...) Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de "minha vida". Outros fragmentos, daquela "outra vida". De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão (...).
Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.
Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector "Tentação" na cabeça estonteada de encanto: "Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível". Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece.
(...) A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia.
Era isso — aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. (...)
Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome.
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Feel free to hate me!
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Brincadeira divertida essa!
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domingo, 4 de julho de 2010
Amor incondicional.
A definição que eu gosto, e que me esclareceu muita coisa acerca desse sentimento, é do físico e psicólogo Peter Russell, em Acordando em Tempo, onde o autor trata, com peculiar sensibilidade e simplicidade, das inquietações mais comuns da humanidade, por meio de uma visão que integra a natureza evolutiva da civilização à busca incessante pela harmonia e pela paz interior.
“Amor incondicional não é a aprovação incondicional das ações de alguém, sem considerar seus efeitos sobre os outros. É amor incondicional ao ser que está por trás das ações. (O amor incondicional) não depende do modo que uma pessoa pensa, sente ou se comporta. Não faz uma pausa para avaliar se o outro é ou não digno de afeição”. (Russell, 2006).
Definição tão simples e tão verdadeira! Porque amar incondicionalmente é isso: é não ficar aprisionado em palavras, gestos ou eventos conjunturais; é amar com desinteresse, compaixão, inclusão, perdão, tolerância, compreensão e desapego; é amar sem posse; é perdoar com sabedoria, justiça – e até gratidão – as dores causadas pelas desilusões habitadas no cotidiano; é compreender que tudo isso é diminuto quando comparado à grandeza da alma de quem se ama.
É por isso que, muitas vezes, temos que deixar partirem aqueles que amamos incondicionalmente. Porque “o verdadeiro amor liberta, deixa ir e continua a querer bem”.
Aliás – perdoe-me, Russell –, mas a melhor definição de amor incondicional de que eu já tomei conhecimento, veio de uma criança de 3 anos, quando, tão inteligentemente, esclareceu à mãe: “I love you, but I don’t like you ALL the time”. E a mãe, mais inteligentemente ainda, agradeceu esse amor.
Pare para pensar quanta verdade existe nessas declarações. Amar incondicionalmente, para mim, é isso. É amar além; é amar apesar de. Sem necessariamente aprovar ou ser correspondido.
Postado por Letticia Caruso às 06:58 0 comentários
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sábado, 3 de julho de 2010
Futebol para mulheres.
Postado por Letticia Caruso às 21:58 1 comentários
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...
E um simples toque de mãos fez demonstrar que tudo – ou quase tudo – estava em ordem novamente, como eles pretendiam. A diplomacia deu lugar à intimidade. Não à velha e confortável intimidade com a qual estavam acostumados a lidar, mas a uma nova, com a qual terão de aprender a conviver. Só os olhos já não bastam mais para dizer verdades. Hoje são necessárias palavras. Nem tudo é mais como era.
E foi assim que, com uma boa dose de civilidade, do pequeno caos fez-se a calmaria.
E ela viaja em paz.
Postado por Letticia Caruso às 16:55 0 comentários
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sexta-feira, 2 de julho de 2010
Aceitas um desafio?
Levo o desassossego dentro do peito, a ansiedade no âmago, a indecisão estampada na testa e a insegurança na essência. Meu exterior pode parecer sereno, mas meu interior é um tsunami. Minhas atitudes confiantes nem sempre demonstram o tanto de dúvida que vai dentro de mim.
Minha alma é livre; não se deixa aprisionar. Quanto mais lhe exigem, menos se sente disposta a doar. É generosa, mas não suporta cobranças e quase nunca está disponível para o ciúme.
Meu coração é instável; desinteressa-se à toa. Hoje, quer desesperadamente; amanhã, não pode nem ouvir falar. Muda conforme a lua. Mas, quando ama, ama incondicionalmente – o que, fique claro, nada tem a ver com aprovar incondicionalmente. Não se contenta com pouco; necessita daquilo que lhe rouba algumas batidas.
Meu ritmo mental é alucinante e minha sede de conhecimento, poucos acompanham. Sou uma palavra que não cala, uma alma que nunca se sacia. Sou tão profunda, que muitos se afogam em mim.
Interesso-me por tantas coisas, que fica difícil manter um foco e me dedicar a elas o suficiente para que eu me sinta plenamente realizada. E a cada ciclo, acrescento novas coisas à lista de paixões, interesses, hobbies e projetos inacabados. E enquanto o universo de possibilidades se amplia, eu sigo sem dar conta de tudo.
Chego a ser pesada! Estou sempre buscando respostas e entendimentos. Às vezes, gostaria de não ser tão complexa. Invejo a simplicidade; ela permite desfrutar melhor do trivial.
Cultivo o vício quase insano de ler e a necessidade basal de escrever – me ajuda a organizar os pensamentos. Por isso, venero o silêncio e a solidão. Às vezes, afasto de mim quem tenta se aproximar.
Adoro sorrir! Mas, de tempos em tempos, preciso muito chorar. Perco o sono ao menor sinal de angústia e enfrento a insônia como uma criança com medo do “bicho papão” embaixo da cama. Quem me entende desse jeito?
Queres saber? Proponho-te um desafio: Tentes gostar de mim, assim, do jeito que eu sou.
Já adianto: muitos falharam.
Postado por Letticia Caruso às 07:45 5 comentários
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quinta-feira, 1 de julho de 2010
A arte de fazer as malas.

Viajar é muito bom, mas fazer malas é chato demais! Principalmente para viagens longas. E ser parcimonioso na seleção do que carregar na bagagem pode contribuir para o sucesso ou o fracasso do passeio. Nós bem que tentamos não levar coisas demais nem coisas de menos. Mas quem acerta sempre?
Cheguei à conclusão de que arrumar as malas é uma arte! A arte traiçoeira de fazer previsões.
Arrumá-las exige antecipar grande parte da viagem, o que pode ser um tanto complicado se, como eu, você está indo para uma viagem relativamente longa, sem praticamente nenhum planejamento ou roteiro definido. Acertar no que levar, nesses casos, é quase uma loteria. Sem falar no pouco dinheiro (não dá pra ficar comprando pelo caminho o que nos esquecemos de levar; tampouco podemos nos dar ao luxo de pagar por excesso de bagagem nos embarques).
A vantagem é que vou viajar sozinha e ninguém vai reparar se eu usar 4 dias seguidos a mesma bermudinha jeans! Talvez a recepcionista de algum albergue... Ou as fotos me denunciem depois. :) Felizmente, tenho jogo de cintura e não me apego a muitas “mulherices”, o que, certamente, coopera para a redução do peso da minha bagagem.
Acomodar nossos pertences dentro daquele espaço, sem amassar ou quebrar nada, é outra arte. Exige tempo, paciência, organização e muita noção espacial. E é cansativo! Isso, sem falar na chatice de ter que fazer e refazer mala a cada 2 ou 3 dias, se for o caso de termos vários destinos.
Parto dentro de 4 dias para uma viagem de 3 semanas. Estou-me preparando psicologicamente para começar a fazer a mala. Tenho uma lista (faço lista pra tudo, lembra?), improvisada às pressas, que precisa ser revista. Vai ser o ponto de partida, mas ainda não sei exatamente o que vou levar e o que vou deixar.
Contudo, dessa vez, decidi ser econômica: troquei a mala grande por uma pequena e vou tratar de viajar só com o estritamente necessário. Faz parte de uma proposta interior de não deixar que excessos de qualquer tipo me impeçam de vivenciar aquilo a que me proponho. É outro desafio.
Nesse contexto, é que tampouco pretendo, durante a viagem, sustentar nos ombros o peso excessivo de (des)utensílios como medo, ansiedade, desânimo, apego, tristeza, insegurança e afins. Esses, faço questão de não levar.
Não vou carregar nenhum excesso de carga sentimental nas próximas 3 semanas. Garanto pra você!
Vou lá fazer a mala - uma só, assim mesmo, no singular - e já volto.
Postado por Letticia Caruso às 10:27 0 comentários
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